terça-feira, 25 de agosto de 2009

História da Máquina Enigma


A Enigma foi patenteada por Arthur Scherbius em 1918. Os primeiros modelos (Enigma modelo A) foram exibidos nos Congressos da União Postal Internacional de 1923 e 1924. Tratava-se de um modelo semelhante a uma máquina de escrever, com as medidas de 65x45x35 cm e pesando cerca de 50 kg.

Três outras versões comerciais lhe seguem, e a Enigma-D torna-se o modelo mais divulgado após suscitar o interesse da marinha alemã em 1926. A marinha alemã interessou-se pela Enigma e comprou alguns exemplares, adaptando-as ao seu uso em 1926. Estas primeiras máquinas de uso militar denominavam-se Funkschlüssel C.

Em 1928 o exército elaborou a sua própria versão - a Enigma G. A partir desse momento, o seu uso estende-se a toda a organização militar alemã e a uma grande parte da hierarquia nazi. A marinha chama a Enigma a máquina M.

Durante a Segunda Guerra Mundial, as versões da Enigma são usadas por praticamente todas as comunicações rádio alemãs (e também as de outras potências do Eixo), tal como para as comunicações telegráficas. Mesmo os boletins meteorológicos são codificados com a Enigma. Os espanhóis (durante a guerra civil) e os italianos (durante a Segunda Guerra Mundial) utilizam uma das versões comerciais da máquina, inalterada, para as suas comunicações militares. Esta imprudência beneficia os Britânicos que fazem a criptanálise do código mais rapidamente.


O código foi de facto quebrado em 1933 por matemáticos da Polónia (Marian Rejewski, Jerzy Różycki e Henryk Zygalski) com a ajuda de meios electromecânicos (as «bombas»). Um dos serviços secretos franceses consegue comprar a Hans-Thilo Schmidt, irmão do tenente-coronel Rudolf Schmidt que será em Maio e Junho de 1940 o superior direto do general Rommel, as chaves mensais da Enigma, que foram partilhadas com os polacos.

Não bastava, no entanto, decifrar todas as comunicações secretas do inimigo: era necessário fazê-lo de forma a que ele o ignorasse. A destruição de cada navio alemão do qual a posição fosse conhecida era precedida do envio de um avião de reconhecimento que sobrevoava o local de forma que parecesse acidental. Este fazia-se ver com nitidez, e o ataque podia então ser feito sem alertar o estado-maior inimigo

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